domingo, 8 de novembro de 2009

HENRI WALLON
A psicogênese da pessoa completa

Psicogênese da pessoa completa
Ao contrário de Piaget, que buscava a gênese da inteligência, Wallon pretendia a gênese da pessoa. Assim, admite o organismo como condição primeira do pensamento, pois afirma que toda função psíquica supõe um componente orgânico e que o objetivo de ação mental vem do ambiente que o sujeito está inserido. Dessa forma, o sujeito é determinado fisiológica e socialmente, ou seja, é resultado tanto das disposições internas quanto das situações exteriores. Wallon, então, propunha a psicogênese da pessoa completa, ou seja, o estudo da pessoa completa integrada ao meio em que está imersa, com os seus aspectos afetivos, cognitivos e motores, também integrados. Afirma ainda que o estudo do desenvolvimento humano deve considerar o sujeito como “geneticamente social”, e realizar os estudos da criança contextualizada, nas relações com o meio. Vamos observar adiante, mais detalhadamente, como se dá o desenvolvimento do indivíduo na explicação de Wallon.

O desenvolvimento do organismo
Wlallon afirma que o desenvolvimento se inicia do organismo do bebê recém-nascido com o meio humano. A partir das reações humanas das pessoas à sua volta, aos seus reflexos e movimentos impulsivos, a criança passa a atuar no ambiente humano, desenvolvendo aquilo que Wallon denomina motricidade expressiva (dimensão afetiva do movimento). A condição e o limite para o desenvolvimento são o desenvolvimento neurológico, a maturação orgânica. Este, porém, está estreitamente ligado às condições do meio, que lhe vão dar as condições necessárias a essa maturação. Dessa forma, é a ação motriz que regula o aparecimento e o desenvolvimento das funções mentais (o movimento espontâneo transforma-se em gesto que, ao ser realizado intencionalmente, se reveste de significado). No esforço mental a musculatura, embora imobilizada, permanece envolvida em atividade tônica que pode ser intensa, ou seja, pensa-se com o corpo em sentido duplo: com o cérebro e com os músculos. Percebemos assim, a importância atribuída à motricidade, na teoria de Wallon, que diz, ainda, que a imitação revela as origens do ato mental, e que o gesto precede a palavra, sendo também uma característica cultural.
A função simbólica inibe o movimento, ou seja, a partir do momento em que o sujeito assimila os signos sociais (fala, escrita, etc) a comunicação motora passa a ser substituída por outros meios, decorrendo daí a disciplina mental, ou seja, o controle do sujeito sobre suas próprias ações. Desenvolver-se é ser capaz de responder com reações cada vez mais específicas a situações cada vez mais variadas. No seu desenvolvimento, o sujeito caminha do sincretismo (sentimento e idéias vividos de uma maneira global, confusa, sem clareza da situação) em direção à diferenciação (aos poucos se tornam mais claros e adequados às necessidades que a situação apresenta). A aquisição da linguagem muda radicalmente à forma de relação da criança com o meio. A linguagem é indispensável ao processo do pensamento; sua relação é recíproca: a linguagem exprime o pensamento ao mesmo tempo em que atua como estruturadora do mesmo.
Para Wallon, o desenvolvimento não é linear e contínuo, mas, sim, a integração de novas funções às anteriores. Estabeleceu três leis que regulam o processo de desenvolvimento:
1. Lei da alternância funcional: duas direções opostas alternam-se ao longo do desenvolvimento: centrípeda (construção do eu) e centrífuga (elaboração da realidade externa). Essas duas direções alternam-se constituindo o ciclo da atividade funcional.
2. Lei da sucessão da preponderância funcional: as três dimensões (afetiva, cognitiva e motora) preponderam alternadamente ao longo do desenvolvimento do indivíduo. A dimensão motora predomina nos primeiros meses de vida, e as dimensões afetivas (na formação do eu) e cognitiva (no conhecimento do mundo exterior) alternam-se ao longo do desenvolvimento.
3. Lei da diferenciação e integração funcional: as novas possibilidades integram-se às conquistas dos estágios anteriores.

Wallon dá grande importância ao meio na constituição da pessoa. Assim, a pessoa deve ser vista integrada a meio do qual é parte constitutiva, e no qual, ao mesmo tempo, se constitui; como podemos observar em GALVÃO (2000) mostrando que Wallon argumenta que as trocas relacionais da criança como os outros são fundamentais para o desenvolvimento da pessoa. Para ele, o meio social e a cultura constituem as condições, as possibilidades e os limites do desenvolvimento do organismo. Por isso, estuda a criança contextualizada, e afirma que o ritmo das etapas do desenvolvimento é descontínuo, ou seja, o desenvolvimento é dialético. Estabeleceu-se os seguintes estágios de desenvolvimento do indivíduo.
• Impulsivo-emocional: 1º ano de vida. A afetividade orienta as primeiras reações do bebê às pessoas, as quais intermediam sua relação com o mundo físico. Os atos da criança têm o objetivo de chamar a atenção do adulto para que ele satisfaça as suas necessidades e garanta a sua sobrevivência. Aos poucos, passa a demonstrar, também, necessidade de manifestações afetivas.
• Sensório-motor e projetivo: vai até aos 03 anos. A aquisição dos movimentos da marcha e da prensão dá autonomia na manipulação dos objetos e na exploração dos espaços. Ocorre o desenvolvimento da função simbólica e da linguagem. A criança aprende a conhecer os outros como pessoas em oposição à sua própria existência.
• Personalismo: dos 03 aos 06 anos. Construção da consciência de si, mediante as interações sociais. Percepção dos diferentes papéis e das relações dentro do universo familiar e também dentro de um novo grupo (escola maternal). Diferenciando-se do outro e toma consciência de sua autonomia em relação aos demais.
• Categorial: dos 07 aos 12 anos. Processos intelectuais dirigem o interesse da criança para as coisas, para o conhecimento e conquista do mundo exterior. Desenvolvimento cognitivo aguçado e sociabilidade ampliada. Capacidade de participação em vários grupos com graus e classificações diferentes, segundo as atividades de que participa.
• Predominância funcional (adolescência): fase marcada pelas transformações fisiológicas e psíquicas, com preponderância afetiva. Há nova definição dos contornos da personalidade, que ficam desestruturadas com as transformações ocorridas. Wallon afirma que, neste período, torna-se bastante visível o condicionamento da pessoa pelo meio social: enquanto os adolescentes da classe média exteriorizam seus sentimentos e questionam valores e padrões morais, os de classes operárias vivem essa fase de outra maneira, pois têm de contribuir para a subsistência da família.
O processo de socialização dá-se pelo contato com o outro e, também, pelo contato com a produção do outro (texto, pintura, música, etc). Por isso, afirma, a cultura geral aproxima os homens, pois permite a identificação de uns com os outros.

Teoria da emoção
Na teoria de Wallon, a dimensão afetiva ocupa lugar central, tanto do ponto de vista da construção da pessoa, quanto do conhecimento. A sua teoria tem inspiração darwinista: a emoção é vista como um instrumento de sobrevivência, típico da espécie humana; se não fosse pela capacidade de mobilizar poderosamente o ambiente no sentido do atendimento de suas necessidades, o bebê humano pereceria. Wallon afirma que a emoção é a exteriorização da afetividade: é um comportamento social na sua função de adaptação do ser humano ao seu meio. A emoção, antes da linguagem, é o meio utilizado pelo recém-nascido para estabelecer uma relação com o mundo externo. Os movimentos de expressão evoluem de fisiológicos a afetivos, quando a emoção cede terrenos aos sentimentos e, depois, às atividades intelectuais. A emoção precede as condutas cognitivas; é um processo corporal que, quando intenso, prejudica a percepção do exterior. Por tanto, para que possa trabalhar as funções cognitivas é necessário manter-se uma “baixa temperatura emocional”. O desenvolvimento, então, deve conduzir à predominância da razão, ou, na afirmação de Wallon, “a razão é o destino final do homem”.

Legado de Wallon à educação
A teoria de Wallon apresenta muitos subsídios à reflexão pedagógica, não somente por estudar o desenvolvimento da pessoa completa e de basear este estudo numa perspectiva dialética, mas, também, por tratar de temas como emoção, movimento, formação da personalidade linguagem, pensamento, entre outros. Além de sua teoria psicogenética, que traz inúmeras implicações educacionais, Wallon desenvolveu idéias acerca da educação em artigos especialmente destinados a temas pedagógicos, e na proposta de reforma do sistema de ensino francês do pós-guerra, no Projeto Langevin-Wallon, das quais podemos destacar:
• a necessidade de compreender-se as complexas relações de determinação recíproca entre o indivíduo e a sociedade;
• a percepção da relação entre o regime político de determinada sociedade e o sistema educacional nela vigente;
• a necessidade de considerar-se todas as dimensões que constituem o homem completo, para efetivar uma educação humanista;
• a afirmação de que a aptidão se manifesta, se encontrar ocasião favorável e objetos que lhe respondam;
• a necessidade de uma educação da pessoa completa;
• a necessidade do acesso à cultura, visando o cultivo de aptidões;
• a busca da dimensão estética da realidade e da expressividade do sujeito;
• a busca de oportunidades iguais a todos e o respeito à singularidade;
• a necessidade de oferecer-se oportunidades de aquisições e expressões (integração entre a arte e a ciência);
• a necessidade de uma nova organização do ambiente escolar, que deve ser planejado para que possa oportunizar interações sociais;
• a demonstração de que nas interações ocorrem crises e conflitos; é importante conhecer os motivos destas manifestações para controlá-las e entendê-las;
• a afirmação de que o ato motor tem múltiplas dimensões; o movimento mantém uma estrita relação com a atividade mental. Como a escola apresenta a “ditadura postural”, muitos conflitos podem ocorrer devido às exigências da escola.

“A formação psicológica dos professores não pode ficar limitada aos livros. Deve ter referência perpétua nas experiências pedagógicas que eles próprios podem pessoalmente realizar”.
(Wallon).
Aglael Luz Borges:

Os princípios defendidos por Aglael L. Borges em seu paradigma:
ATIVIDADE – CRIATIVIDADE – AUTORIDADE – (no sentido de autoria) E LIBERDADE;
pode ser , em cada um de nós, reativados, desde que, enquanto ENSINANTES E APRENDENTES, possam desejar que os diferentes SABERES de todos estejam validados e respeitados.
Desta forma, penso e sinto que nossa maior possibilidade é a de aprendermos com as diferenças.
Não será esta a grande oportunidade de termos um século XXI melhor, mais humano e solidário?
Aglael Luz Borges
Mestre em Educação pela UFRJ, Filósofa, Psicóloga, Psicopedagoga formada por Jorge Visca e Alícia Fernàndez, diretora - presidente do Espaço Seja, Conferencista, Palestrante, nas áreas de Educação e Saúde, Coordenadora do Curso de Pós graduação em Psicopedagogia
no RJ na Faculdade São Judas Tadeu.

Vínculo

VÍNCULO

O professor na verdade é um Construtor de Vínculos, que desejamos que sejam positivos, porém nem sempre encontramos professores assim. Confiar em alguém é algo extremamente profundo, sério e na minha opinião muito bonito.

Estabelecer um vínculo de confiança na relação Ensinante x Aprendente é contar com a certeza de um VIR A SER melhor e mais fecundo, de ambas as partes, onde juntos: (professor e aluno) se formam humanos.

Um vínculo de confiança opera maravilhas, desperta o desejo de aprender, mantém a chama do conhecer para saber e favorece a multiplicação de pessoas de bem na humanidade.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Aula de Psicologia

TEORIAS DA APRENDIZAGEM

TEORIA DE ENSINO ( JEROME BRUNER)

a- ESTRUTURA

b- MÉTODO DA DESCOBERTA

c- ENSINO

d- PROFESSOR

e- MOTIVAÇÃO

Esse processo pode ser desencadeado por alguns fatores:
- O ambiente
- Energia interna do aluno;
- Objeto desejável (conhecimento)

Captar as relações entre os fatos

 O ensino para Bruner, envolve a organização da matéria de maneira eficiente e significativa para o aprendiz. Assim o professor deve preocupar-se não só com a extensão da matéria, mas principalmente, com sua estrutura;

 Estrutura da matéria é proposta por Bruner da seguinte forma:

- Sempre a partir dos conceitos mais gerais e essenciais da matéria e, a partir daí fazer com que eles se desenvolvam como um aspiral:
- Sempre dos mais gerais para os particulares, aumentando gradativamente a complexidade das informações;

 Estrutura da matéria é proposta por Bruner da seguinte forma:

- Sempre a partir dos conceitos mais gerais e essenciais da matéria e, a partir daí fazer com que eles se desenvolvam como um aspiral:
- Sempre dos mais gerais para os particulares, aumentando gradativamente a complexidade das informações.

Ensino para Bruner:

 O ensino para Bruner deve estar voltado para a compreensão: compreensão das relações entre os fatos e entre as idéias.

“qualquer assunto pode ser ensinado com eficiência, de forma intelectualmente honesta, a qualquer criança, em qualquer estágio do desenvolvimento.”

Bruner e Piaget

Bruner propõe que o professor se utilize da teoria de Piaget, onde as possibilidades e limites da criança em cada fase do desenvolvimento estão claramente definidos.
Para isso é preciso que o professor conheça a realidade de vida de seu aluno – suas experiências de vida.

A MOTIVAÇÃO NA APRENDIZAGEM

- Partir sempre das necessidades do aluno;

- Despertar no aluno novos interesses.

CENTRO DE INTERESSE. Como criá-lo ?

a) Criando ambientes favoráveis à descoberta;

b) Desenvolver no aluno atitudes de investigação;

c) Usar linguagens acessíveis aos alunos;

d) Respeitar o nível de complexidade de compreensão dos alunos;

e) Trabalhar de forma que a aprendizagem tenha significado e utilidade ao aluno.

Motivação:
Atribuímos à motivação o sucesso ou o fracasso dos professores ao tentar ensinar algo novo aos alunos.

Considerando três tipos de variáveis:

- O ambiente;

- As forças internas ao indivído (necessidade, desejo,interesse,instinto);

- O objeto (atrai o indivíduo por ser fonte de satisfação da força interna que o mobiliza).

Para que ocorra a Motivação

A gíria possui um termo bastante apropriado para a significação de motivação:

# Estar a fim! #

A motivação está presente como processo em todas as esferas de nossa vida – no trabalho, no lazer, na escola.

A Motivação está presente em todas as esferas de nossa vida:

Ambiente – Organismo – Interesse ou Necessidade – Objeto de Satisfação.


Está Montada a Cadeia da Motivação!


TEORIAS ATUAIS
VYGOTSKY

ZONA DE DESENVOLVIMENTO PROXIMAL
a) DESENVOLVIMENTO REAL

b) DESENVOLVIMENTO POTENCIAL

- TEORIA SÓCIO-INTERACIONISTA

VYGOTSKY
Para Vygotsky o desenvolvimento é um processo que se dá de fora para dentro.
É no processo de ensino aprendizagem que ocorre a apropriação da cultura e o consequênte desenvolvimento do indivíduo.
(importância do outro na aprendizagem da criança – mediador entre ela e a cultura)

Zona de Desenvolvimento Real
Vygotsky denomina ser a capacidade, que a criança tem de demonstrar que pode cumprir a tarefa sem nenhum tipo de ajuda, ou seja, ela realiza as tarefas de forma independente:
Nível de Desenvolvimento Real – refere-se a etapas já alcançadas, já conquistadas pela criança.

Zona de Desenvolvimento Potencial:
Vygotsky chama a atenção para o fato de que para compreender adequadamente o desenvolvimento devemos considerar não apenas o nível de desenvolvimento real da criança, mas também seu nível de Desenvolvimento Potencial – Isto é sua capacidade de desempenhar tarefas com ajuda do adulto ou de companheiros mais capazes – não consegue fazer sozinha e sim com alguém dando instruções.

Zona de Desenvolvimento Real e Potencial:
É à distância entre o nível de Desenvolvimento Real (etapas já alcançadas), que se costuma se determinar através da solução independente de problemas pela criança, e o nível de Desenvolvimento Potencial(capacidade de desempenhar tarefas com ajuda do adulto) – é determinado pela solução de problemas sob a orientação de um adulto ou em colaboração com companheiros.

Zona de Desenvolvimento Proximal
É o caminho que o indivíduo vai percorrer para desenvolver funções que estão em processo de amadurecimento e que se tornarão funções consolidadas, estabelecidas no nível de desenvolvimento real.

A Zona de Desenvolvimento Proximal é, pois, um caminho psicológico em constante transformação: aquilo que a criança é capaz de fazer com a ajuda de alguém hoje, ela conseguirá fazer sozinha amanhã.

A Zona de Desenvolvimento Proximal define aquelas funções que ainda não amadureceram mas que estão em processo de maturação!




TEORIAS ATUAIS
JEAN PIAGET
- Criador da essência do construtivismo

- Para ele, a aprendizagem está diretamente relacionada ao equilíbrio e desequilíbrio interno do aprendiz;

- O homem é guiado pela busca do equilíbrio entre suas necessidades biológicas e fatores externos que o afetem;

- A aprendizagem passa por três níveis:
Adaptação
Assimilação
Acomodação

- Defende que a inteligência é desenvolvida em estágios que possuem características próprias. Em cada estágio de desenvolvimento que o homem se encontra ele aprende de forma diferente (EPISTEMOLOGIA GENÉTICA)

1- PERÍODO SENSÓRIO-MOTOR - 0 A 2 anos,

2- PERÍODO PRÉ-OPERATÓRIO - dos 2 aos 6 anos de idade;

3- PERÍODO DAS OPERAÇÕES CONCRETAS- 7 aos 11/12 anos;

4- PERÍODO DAS OPERAÇÕES LÓGICAS- dos 12/13 anos.

Piaget trabalhava com o processo equilibração/ desequilibração no nível do aluno

Equilibração: Processo endógeno e dialético

Maturação: Equilibração da própria idade

Experiência: Interação sujeito-objeto

Mudanças: Esquemas e estruturas mentais mudam. O desequilíbrio causado na assimilação torna-se equilíbrio, e está pronto para um novo desequilíbrio. É eterno, dialético.

Piaget não separava o cognitivo do afetivo:
Desequilíbrio pode ser causado por carência, curiosidade, dúvida, etc.
Trabalhava com o desenvolvimento humano, em etapas, períodos ou estágios.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

A Arte de Sedução Pedagógica na Tutoria em Educação a Distância

De acordo com o decreto Nº 2.494, de 10 de fevereiro de 1998, que regulamenta o artigo 80 da LDB ( lei de nº 9394/96) diz que:

“Educação a distancia é uma forma de ensino que possibilita a auto-aprendizagem, com a mediação de recursos didáticos sistematicamente organizados, apresentados em diferentes suportes de informação, utilizados isoladamente ou combinados e veiculados pelos diversos meios de comunicação.
Parágrafo único – os cursos ministrados sob a forma de educação a distância serão organizados em regime especial, com flexibilidade de requisitos para admissão, horário e duração, sem prejuízo, quando for o caso, dos objetivos e dos diretrizes curriculares fixados nacionalmente.”

sábado, 13 de junho de 2009

Da Saliva aos Computadores

...“ A escola organiza-se como uma agência centrada no professor, o qual transmite, segundo uma gradação lógica, o acervo cultural aos alunos. A estes cabe assimilar os conhecimentos que lhes são transmitidos.
Ao entusiasmo dos primeiros tempos pelo tipo de escola acima descrita de forma simplificada, sucedeu progressivamente uma crescente decepção. A referida escola, além de não conseguir realizar seu desiderato de universalização (nem todos nela ingressam e mesmo os que ingressavam nem sempre eram bem sucedidos)... e a essa escola que passa a ser chamada de Escola Tradicional”. ( Dermeval Saviani – Escola e Democracia, ps.6 e 7).

Destaco esses textos de Saviane, para mostrar que apesar de estarmos no século XXI, o que foi citado acima se referia a fatos ocorridos a partir do final do século XIX. Fatos que levaram ao surgimento de outras teorias da educação, cuja crença era o surgimento de uma escola que teria como função precípua à equalização social. O que aconteceu com esta escola que passou mais de um século e continuamos a criticá-la, a condená-la?
.Ainda continua acontecendo em muitas escolas que o principal instrumento da educação é “a saliva, o giz e o quadro negro”, apesar de já conhecermos a mais de 50 anos os imensos meios audiovisuais.
Quanto aos computadores! Em muitas ainda nem chegou. O que dizer da Internet? Quando será que entraremos no novo milénio em relação a educação??? Maria Luiza de Aguiar Mattos

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Artigo: Educação e a Tecnologia (Maria Luiza de Aguiar Mattos)

“São nas múltiplas e tão diversas redes de relação entre conhecimentos e objetos, todos criações humanas e, portanto, com a marca do humano, que formamos nossas redes de significados sobre o mundo, nas quais nos tornamos sujeitos” Nilda Alves.

Em 1958 Herbert Simon, na época considerado um gênio e para alguns autores como Gras e Poirot-Delpech (1989), onde os mesmos o chamam de um “papa da informática”, transcrevem um texto, onde são apontadas “previsões do futuro” ou também como “fantasmas dos tecnólogos”:

“Daqui a dez anos, o campeão do mundo do jogo do xadrez será um computador – a menos que se proíba sua participação; daqui a dez anos, um computador descobrirá e demonstrará um novo teorema matemático importante; daqui a dez anos, a maior parte das teses es psicologia estarão revestida na forma de programas de computador ou comentários qualitativos organizados em programas de computador...” (p.7)

Os estudos do cotidiano nos permitem analisar e compreender as relações dadas entre o sujeito cognocente, aprendente e a tecnologia. Se observarmos uma criança frente ao computador, verificamos a força que esse exerce sobre o mesmo, sentimos em todo o seu corpo a sua participação: física e mental, percebemos que ele não é um consumidor passivo dessa tecnologia, ao contrário ele faz uso criador do mesmo. Assim a atratividade e interatividade são características que remetem a despertar interesse e levam a prender a atenção, movimentos bastante valorizados nas situações de ensino e aprendizagem deixando de contar apenas com a passividade do ser aprendente, como um mero expectador e fazendo com que ele seja o “agente ativo da aprendizagem”, fazendo com que sua interação com o processo de ensino seja mais significativa. Destacando aí a importância da escola não fechar as portas para esses textos que circulam pelo cotidiano atual, evitando com isso a dicotomia entre o mundo social e o mundo escolar.

É função da escola discutir os valores que circulam na sociedade, e não dar as costas para os TIC (tecnologias da informação e da comunicação). Não podemos deixar de assinalar que muitos só terão acesso a essas tecnologias através das instituições de ensino, sendo uma importante estratégia de inserção desse sujeito ao mundo digital.

É preciso redimensionar os padrões pedagógicos em sala de aula, romper com o tradicional: autorizado/consentido, tornando assim mais significativa à prática pedagógica e menos bancária (como diria Paulo Freire). Fica claro que abandonar um hábito milenar baseado no falar/consentir/ditar/copiar, de uma hora para outra não é fácil, portanto é necessário que haja uma articulação entre o conhecimento e a tecnologia, mesmo por que um não inviabiliza o outro, muito pelo contrário às práticas devem se complementar, pois a ressignificação do conhecimento ocorre quando circula o interesse, a participação, ou melhor, o consentimento real do aprendente. Fazendo com que o seu cotidiano escolar esteja carregado de significado próprio. Sabemos que a atratividade e a interatividade despertam interesse e levam ações positivas no processo ensino/aprendizagem.


Referência Bibliográfica:
Leite, Márcia e Filé, Valter, Subjetividade e Tecnologias e Escolas, Rio de Janeiro, editora DP&A, 2002.
Alves, Nilda e Garcia, Leite, Regina, SEPE.

sábado, 16 de maio de 2009

Nossa Instituição de Ensino

Sou discente da UGB e estou cursando pós em Formação de Docentes

uso do computador na educação




uso do computador na educação é indispensável para que se consiga manter o ritmo da informação atual.